Resiliência

Mauro Destri

Uma história longa para falar do final de semana?!?!
02 anos atrás eu estava com 138 kg, 56 acima meu peso, estava tentando voltar a correr depois de 26 anos parado, estou com 60. Um colega me mostrou a Uphill maraton uma prova insana aqui na Serra do Rio do Rastro em Criciúma. Você primeiro entra em um sorteio e se for sorteado , se inscreve, são poucas vagas! Em setembro de 2015, eu que nunca tinha ganho um sorteio na vida fui sorteado ! Treinei igual maluco, perdi 38 kg e lá fui eu! Para ganhar a medalha, você tem de fazer os 25 em 03:30. Distendi a coxa no km 13, completei em 03:43 e não ganhei a medalha, somente uma pequena de participação!

Resolvi me inscrever de novo, precisava ganhar esta serra . E não é que fui sorteado no quarto sorteio, depois de uma porrada de desistências? Já era fevereiro, apesar de ter treinado, não me sentia bem, mas vim, tinha de vir. Pois bem, no sexto km, distendi no mesmo lugar, mas quis tentar, as dores vieram, a partir do 18 km vieram as caimbras, no 22, por mais que eu tentasse e faltando 03 km, desabei! As dores foram insuportáveis, tive de subir de ambulância. Frustração, decepção, raiva, um misto de tudo veio na minha mente, a serra me venceu mais uma vez!

lições da Uphill maratona e relação com mundo corporativo!
1 – sempre haverá o pelotao dos líderes, e assim o são, pela conjuntura de talento nato e esforço extraordinario; 2- bloco dos que anseiam serem os líderes, tem talento, se esforçam dia a dia para atingir a liderança maior, compõe o pelotao de elite;
3- os que se esforçam, mas entendem que compõe o pelotão intermediário e sempre se esforçarão para atingir as metas;
4-grupo treinado o suficiente para estar na corporação, para atingir algumas metas, ou até mesmo, convive bem com alguns fracassos individuais;
5- assim como na corporação, o pelotao de frente, por mais que se solidarize com os logo a sua volta, os intermediários e os que compõe o grupo total, eles entendem que, a concorrência por sua liderança e ferrenha e, um leve descuido, outro talento assume seu posto, dai a necessidade de treinar cada vez mais, aprimorar seus métodos, alimentação, etc, etc. no mundo corporativo temos a mesma situação, dia a dia temos de aprimorar nossas competências, adquirir novas, treinar muito e competir sempre, senão perdemos de vista nossas metas e nossos adversários, e é bom te-los, eles nos fazem crescer. Mas também não podemos esquecer das alianças, pois aqueles que competem conosco, podem e devem ser também aliados estratégicos;
3 – finalmente, nos ensina a conhecer nossos limites e a tomar decisões estratégicas: vale a pena tanto treino para fazer parte desta empresa? Vou me contentar em ser sempre chão de fábrica ?? Meu talento está de acordo com os desafios desta corporação? Quanto tempo eu teria de treinar duro, abrindo até mesmo mao de vida familiar, para chegar perto do topo? Não seria melhor uma recolocação onde eu possa usar na plenitude meu talento nato? Me perguntar se os líderes desta corporação teriam chance contra mim em outro terreno onde eu poderia me destacar mais e, lá finalmente eu ser o líder?? Ou talvez entender que naquela corporação, mesmo que eu nunca chegue a liderança , ela é desafiadora suficientemente para me incentivar a mudar meu patamar?
Sabe qual é a grande vantagem? E que a escolha é sua, nossa, faça a sua!!